quinta-feira, 6 de junho de 2024

Diário de leitura: Divina Comédia: Inferno, de Dante Alighieri (parte II).

Esse diário de leitura foi feito em dois formatos: texto e vídeo. No fim deste texto deixo o vídeo em questão onde falo, em linhas gerais, o que escrevi em seguida. :)

Quando iniciei a leitura da Divina Comédia imaginei que iria conseguir escrever alguns comentários conforme a leitura fosse avançando, o que não foi o caso.

Os primeiros Cantos (ou capítulos) foram difíceis e me lembro perfeitamente do leve desespero que senti logo na primeira página (sem exagero). Eu fiquei bem surpresa porque era diferente de tudo o que eu já havia lido até então. Digo isso não para desanimar, mas para dizer que é bom colocar a cachola da gente para funcionar! O desespero inicial logo foi substituído por uma vontade de desbravar aquele colosso que se colocava na minha frente: eis o Inferno de Dante.

Na primeira parte do diário de leitura comentei sobre as edições que escolhi para essa empreitada e posso dizer que a edição da editora Garnier foi sim uma boa escolha. Destaco, em especial, as notas! Elas têm certo nível de detalhes e aprofundamento que, pelo o que andei sondando, outras não têm (refiro-me à edição da editora 34 e à da Nova Fronteira). Além das notas desta edição, eu também gostaria de destacar as notas da edição da editora Abril. Recomendo as duas novamente.

Sobre as traduções: li a maior parte na tradução do Cristiano Martins (editora Garnier) e fui lendo esporadicamente a tradução do Jorge Wanderley (editora Abril). Quando o negócio estava apertado mesmo e eu estava me sentindo perdida eu acabava recorrendo à tradução em prosa do Helder da Rocha disponível aqui.

E sobre o Inferno dantesco, o que dizer? Confesso que enrolei um pouco para escrever algo sobre porque ainda estou digerindo toda a experiência que é a Divina Comédia. Como comentei no início, tem sido realmente diferente de tudo o que já li, como também, mais difícil. A ordem inversa das orações presente na linguagem poética tem sido um desafio para mim. Em vários momentos me peguei tentando reordenar as frases.

Essa leitura tem me ensinado, na prática, que existem obras que devem ser revisitadas várias vezes durante a vida. Digo isso porque aos poucos fui compreendendo que: eu não vou captar todos os níveis de profundidade da obra na primeira leitura e está tudo bem! Paciência e sempre em frente.

O diário de leitura começa no minuto 1:33 do vídeo. Até breve!



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