Canção de Outono (1910)
No entardecer da terra,
O sopro do longo outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono,
Na lívida solidão.
Soergue as folhas, e pousa
As folhas volve e revolve
Esvai-se ainda outra vez.
Mas a folha não repousa
E o vento lívido volve
E expira na lividez.
Eu já não sou quem era;
O que eu sonhei, morri-o;
E mesmo o que hoje sou
Amanhã direi: quem dera
Volver a sê-lo! mais frio.
O vento vago voltou.
Fotos tiradas em uma câmera digital do modelo Sony Cyber-shot DSC-W320.
Que lindo poema e belas fotos!
ResponderExcluirPrazer em conhecer seu blog.
Abraços!
Oi, Gaby! Fico feliz que tenha gostado e que tenha chegado aqui.
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