quarta-feira, 10 de abril de 2024

Diário de leitura: Divina Comédia, de Dante Alighieri (parte I).

Continuando minha jornada de leitura dos clássicos, agora cheguei na Divina Comédia. 

Já pressinto que esta leitura será uma das melhores da vida e que após terminar, a vontade de ir para a Itália só vai se multiplicar.

Para a leitura de obras mais densas, acredito que a escolha da edição e da tradução seja fundamental para a nossa experiência de leitura. É sempre bom pesquisar pelas traduções disponíveis e verificar qual se adequa ao seu estilo de leitura. No meu caso, eu acabei optando pela tradução do Cristiano Martins que sai pela editora Garnier. Pontos que me fizeram optar por esta edição: ilustrações do Gustave Doré ao longo dos Cantos (muitas delas estão super escuras); uma biografia do Dante e uma descrição do contexto histórico da obra e um suposto marca-páginas que deveria vir com o livro, mas não veio, o que me deixou muito decepcionada.


Apesar da frustação com as ilustrações e o suposto marca-páginas, a edição tem folhas amarelas e uma boa diagramação. 

Para aproveitar, gostaria de fazer uma reclamação aqui sobre o anúncio desse livro na Amazon, que foi onde comprei. Primeiro ponto: o suposto marcador de páginas NÃO existe (ou pelo menos não veio para mim). 


Segundo ponto: a capa da edição atual não é a que consta no anúncio o que, aliás, causa uma super enganação ao cliente.
Essa capa é a de uma edição passada
e deve ser encontrada só em sebos agora.

Depois, eu acabei comprando uma segunda edição somente para a primeira parte da obra: o Inferno. Acreditam que custou apenas 10 reais? Comprei pela Shopee. Ela é da editora Abril e conta com a tradução do Jorge Wanderley que, aliás, tem sido a minha favorita. Quando fico em dúvida com algum verso ou estrofe da outra edição, eu venho nesta daqui para comparar.

Destaque para a capa de tecido, para as folhas amarelas com uma textura maravilhosa e para as notas extremamente interessantes. Eu só fiquei muito triste quando descobri que o tradutor faleceu antes de completar a tradução da obra completa.  Já estou triste por saber que não terei esse suporte nos próximos livros.

Falando em tradução, a do Cristiano Martins pareceu, por vezes, indecifrável para mim nas primeiras estrofes. Talvez seja porque eu não tenho contato com poemas e ainda mais poemas rimados. As minhas leituras da Ilíada e da Odisseia foram em traduções com versos livres, então chegava a parecer prosa. No caso d'A Divina Comédia, confesso que senti um leve desespero quando comecei (KKKKK), mas agora estou no Canto VII e ficou bem mais tranquilo (as notas estão aqui para nos auxiliar também). Não é um bicho de sete cabeças.

Como não me preparei antecipadamente, eu não fiz color-code para post-its ou algo do tipo, mas estou, como sempre, fazendo marcações por escrito nos espaços em branco. A Divina Comédia não deve ser somente lida, mas deve ser estudada. Estou ciente de que essa leitura não será o fim do meu contato com a obra, pois uma leitura dessa dimensão leva a vida inteira para ser assimilada. É um dos livros inesgotáveis da literatura universal.

Para me ajudar nessa jornada, também acabei procurando por aulas sobre a obra no YouTube e acabei encontrando vídeos interessantes. Juntei todos em uma playlist que deixarei disponível aquiAlém dos vídeos, existem sites muito legais sobre a obra na Internet. Deixo aqui os que encontrei e recomendo:

  • La Divina Commedia: o site conta com informações sobre o Dante e sobre a obra e, de quebra, ainda dá para treinar a leitura em italiano.



  • A Divina Comédia (site do Helder da Rocha): dentre os três, acredito que esse seja o mais interessante pois o autor do site disponibilizou a tradução em prosa que ele mesmo fez. Como se não fosse suficiente, ele também desenhou e ilustrou diversas partes da obra. Tudo de graça neste site.


Por enquanto, é isso. Até a próxima!

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