1. Tempestade no Mar da Galileia, do Rembrandt (1633).
Subindo para uma barca, o seguiram seus discípulos. E eis que se levantou no mar uma grande tempestade, de modo que as ondas alagavam a barca, Ele, entretanto, dormia. Aproximaram-se dele os discípulos, e acordaram-no, dizendo: "Senhor, salva-nos, que perecemos!" Jesus, porém, disse-lhes: "Porque temeis, homens de pouca fé?" Então, levantando-se, imperou aos ventos e ao mar, e seguiu-se uma grande bonança. Eles admiraram-se, dizendo: "Quem é este, a quem obedecem até os ventos e o mar?" (Mateus 8,21-27).
2. Cristo no deserto, de Ivan Kramskoy (1872)
Os russos parecem ter uma sensibilidade surreal em relação à arte. Essa pintura é uma das minhas preferidas justamente por conta da crueza retratada nos detalhes. O céu sereno no fundo entra em contraste com o primeiro plano onde as cores e a estranha brutalidade do deserto demonstrada nas rochas me faz quase que entrar neste quadro e sentir uma brisa gelada no rosto. Também consigo imaginar um silêncio particular que só aqueles que tem a oportunidade de conhecer um deserto podem experimentar.
3. A manhã da Ressureição, de Evgeny Demakov (1998)
Mais um pintor russo por aqui. O que me chama atenção nesta obra são as cores frias. Também tenho esse quadro como imersivo: consigo imaginar um clima gelado no domingo da Ressureição. Os únicos tons quentes no quadro são os da esquerda que quase somem comparados aos demais tons do quadro. Ao observar bem a pintura conseguimos perceber certo movimento nas roupas das personagens e nas árvores que aparecem no fim do túnel.
Bônus (?): Pedro e João correndo para o túmulo, de Eugène Burnard (1898)
Mais uma pintura de bônus, hehe. Esta, além de compartilhar o mesmo tema com a obra anterior, também compartilha certa semelhança. Os tons mais quentes aqui são mais presentes, mas, em contrapartida, também conseguimos notar certa frieza. As expressões das personagens são retratadas de forma magnífica aqui. Dá para imaginar o conhecimento do pintor ao retratar expressões tão complexas de forma tão clara? É algo a se pensar.
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