sábado, 21 de dezembro de 2024

Álbum de fotos: sebos, bibliotecas e livrarias em Brasília-DF

Pequena lista de algumas casas de livros aqui de Brasília. O post ser atualizado com o tempo. Volte sempre!

BCE - Biblioteca Central da Universidade de Brasília (UnB)

 


Biblioteca Central da Universidade Católica de Brasília (UCB)


Porão Livro & Café

O sebo mais lindinho da cidade. Apesar de pequeno, é extremamente aconchegante. Acredito que o espaço seja relativamente novo e, por isso, o acervo não é tão grande (até por conta do espaço), mas garimpando dá para encontrar livros legais! Já comprei livros de literatura, arte e não ficção lá. Os preços são medianos. Ah, e também dá para tomar um cafézinho por lá. Nós nunca comemos ou tomamos nada lá, mas tudo parece muito apetitoso até por conta da beleza do lugar.






Sebinho Livraria, Cafeteria, Bistrô e Restaurante

O Sebinho é beeem grande, ocupa um prédio inteiro e ainda tem o subsolo. É o sebo que mais frequentamos já que abre até mais tarde no sábado. O acervo tem livros novos e usados, CDs, DVDs... é bem variado. Já compramos bastante coisa lá, mas tem que ter paciência para garimpar porque o acervo é grande. Recomendo ir sábado de tarde para dar uma olhada nos livros e depois passar no Café, que fica lá mesmo, para comer o brownie com sorvete de creme deles.  



Serve duas pessoas, mas se a fome estiver grande é melhor pedir dois haha

Livraria Pindorama

Em questão de acervo nós temos este como preferido. Digo isso porque já encontramos livros legais e até raros lá. A única coisa negativa a se considerar é que o acervo é um pouco bagunçado. Da última vez que fomos encontrei estes dois livros raros da terceira foto. E, caso você decida ir conhecer o sebo, também recomendo um café que fica na mesma quadra a uns 5 minutos de distância no máximo. Dá para garantir um livro e um cafézinho no mesmo dia. Tem coisa melhor? 




+ Bônus: Castália Sul (padaria e café) que fica na mesma quadra.




sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Trechos do livro “A Vida Intelectual" de A.D. Sertillanges

Este post está em construção e novas atualizações podem ser feitas a qualquer momento. Volte sempre! 

Quando pensa bem, o pensador segue os caminhos de Deus. (p.18)

Os grandes homens parecem-nos grandes audaciosos; no fundo, eles obedecem mais que os outros. Uma voz soberana instrui-os. (...) Eles não têm medo, porque, por mais isolados que pareçam, não se sentem sós. Têm a seu favor Aquele que tudo decide afinal. (p.20)

(...) Nossa alma, alma única, à qual não houve nem haverá outra igual por todos os séculos, pois Deus não se repete. (p. 61)

A sociedade é um livro que deve ser lido, apesar de ser um livro banal. (p.68)

A solidão é a pátria dos fortes, o silêncio é a sua oração. (p.62)

A verdade só se dá a quem está despojado e muito decidido a dedicar-se unicamente a ela. (p.120)

Nossos contatos com o exterior deveriam ser como os do anjo, que toca e não é tocado, a menos que o queria; que dá e que nada perde, já que pertence a um outro mundo. (p.69) ♡

O que dá valor a uma alma é a riqueza do que ela não diz. (p.69)

O tempo dedicado ao dever ou a uma real necessidade jamais é perdido. (p.67)

Os tempos não se equivalem, mas todos os tempos são tempos cristãos, e há um tempo que, para nós e praticamente, sobrepassa todos os outros: o nosso. (p.35) ♡

Quem conhece o valor do tempo sempre tem o quanto precisa. (p.95) ♡

Toda verdade é prática; a mais abstrata na aparência, a mais elevada, é também a mais prática. Toda verdade é vida, orientação, caminho para a finalidade do homem. (p. 34)

Todas as obras foram criadas no deserto, inclusive a redenção do mundo. (p.60) ♡

Todas as vezes que agimos bem, em conformidade com a situação em que nos encontramos, fazemos um bom uso da vida. (p.67) ♡

Todos os homens se encontram quando mergulham no fundo de si mesmos. (p. 79)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Retrospectiva sobre hábitos de leitura deste ano

Uma semana para o Natal! Tchau, 2024.

Decidi escrever esse texto aqui para o blog porque estava conversando com uma amiga justamente sobre esse assunto. Estava comentando com ela sobre como os meus hábitos de leitura mudaram bastante neste ano de 2024. Pela primeira vez, desde 2022, me senti tranquila em relação às leituras que fiz. Atribuo isso ao fato de que passei grande parte do ano meio inativa nas redes sociais (lê-se: Instagram).

Eu cheguei a fazer uma lista de leituras para esse ano, seguindo o modelo dos anos anteriores, e escolhendo livros que eu tinha na estante, mas não havia lido ainda. Acontece que foi a segunda vez que fiz a tal da lista e não deu certo. Acho que deu para entender que não sou das listas. Aliás, já escrevi sobre isso em um texto de uns meses atrás.

A tal da lista de leituras de 2024 :P 
Ou seja, primeira lição do ano: não teremos mais listas de leitura por aqui. No máximo a seleção de alguns títulos que quero muito ler, mas apenas isso. Não quero impor leituras mensais ou anuais, não dá certo. Prefiro mil vezes ir escolhendo minhas leituras conforme os meses forem se desenrolando até porque não participo de nenhum clube de leitura, portanto, não tenho compromissos com metas. A única meta é: ler menos e melhor.

Então, já listo aqui o primeiro hábito: escolher o que quero ler mesmo sem me ater à listas. Aliás, só um comentário: é super curioso como, mesmo sem calcular ou planejar, minhas leituras sempre conversam entre si. Eu fico muito feliz quando começo a encontrar linhas compartilhadas entre autores diferentes. Possivelmente, isso seria muito menos orgânico se eu tivesse que seguir alguma lista à risca. 

O segundo: ter em mãos alguns títulos que tenho bastante vontade de ler. Isso porque quando finalizo uma leitura tendo a ficar num limbo por uns dias sem saber o que vou ler. Por isso, quero ficar mais de olho na minha tabela de livros que tenho curiosidade em ler. 

Vou adicionando os livros nesta listinha e sempre dou uma olhada
quando estou procurando uma nova leitura.

Outra coisa que fiz esse ano foi usar bastante o meu Kindle. Diria que 60 das minhas leituras este ano foram feitas nele. Falando nisso, eu já deveria ter escrito sobre a minha experiência com o Kindle depois de um ano de uso. Neste ano de 2024 eu o usei bastante: levei para o estágio, sempre o deixei na minha bolsa... 

Ah, eu percebi que tendo a usá-lo mais para literatura mesmo. Não conseguiria ler metade do que leio se não fosse o Kindle já que os livros físicos estão caríssimos. 

Então, deixo como lembrete para mim mesma: continue levando o Kindle para todos os lugares.

O terceiro e último hábito deste ano é bem particular, mas queria registrar aqui porque acredito que possa ser útil para outras pessoas também. Dentro da minha tabela de sugestões eu separei livros curtos, com menos de 200 páginas, para ler entre leituras maiores e mais densas. Quero continuar muito com este hábito porque por conta dele pude ler livros russos maravilhosos. Li todos no Kindle.

No fim das contas, depois desse balanço do ano, consegui desacelerar. Estou um tanto quanto feliz por estar me desapegando de velhos vícios literários (esse termo existe? haha). Sinto que estou amadurecendo enquanto leitora. Tanto em relação aos meus gostos quando mentalidade mesmo. A vontade de ler um livro de cabo a rabo só para contabilizá-lo como leitura no fim do ano tem sumido aos poucos já que tenho aprendido a consultar livros e isso tem feito com que eu leia muito de forma picada, ou seja, tenho lido algumas páginas ali, outras aqui e é isso. Não tem problema em voltar uma leitura "incompleta" para a estante. As pessoas SEMPRE fizeram isso, é normal haha. Não tenho que me sentir culpada por ter usado o livro porque afinal, livros são ferramentas, são meios. Eu não quero vê-los como um fim em si ou sei lá, achar que o número de leituras que fiz ou deixei de faz significa algo... no fim, não importa. O que importa é o que consegui extrair dali, o que consegui conectar com o todo. 

Por fim, parece que todas as nossas leituras e estudos devem formar um grande e único volume nas nossas almas onde tudo se interliga (imagine um super livro cujo título seria algo como: your name's mind, ex.: Camila's mind :P). 

O conhecimento nos conduz à Verdade, afinal de contas, e a Verdade é Una.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Comentários sobre Emburrecimento Programado, de John Taylor Gatto

Finalizei a leitura deste livro dias depois de ter finalizado o meu estágio no Ensino Médio. Confesso que me senti meio rebelde de estar lendo um livro contra o sistema educacional atual dentro de uma sala de aula. Acho que foi o maior ato de rebeldia que já cometi na minha vida (risos).

Este livro já estava na minha lista de desejos da Amazon há um tempo, mas acreditei que seria uma boa hora lê-lo agora por duas razões: 1) porque estava fazendo estágio obrigatório e porque estava lendo livros nesta temática de educação neste segundo semestre do ano; 2) porque estou me procurando um tema para escrever um novo artigo científico sobre educação.

Apesar de ser pequeno e possuir uma linguagem bem simples, o livro é um tanto quanto intragável no sentido de que, dependendo do leitor, você pode acabar duvidando do autor ou pode acabar achando que ele exagerou um pouco. O autor, que foi professor da rede de ensino americana por mais de 30 anos, ficou conhecido pelos seus discursos contra a educação em massa. Parece que muita gente tirou os filhos da escola depois de ler este livro.

É importante saber que o livro não busca ser extremamente teórico ou acadêmico no sentido de oferecer fontes e dados das pesquisas que ele cita. Ele só queria desabafar✩ (e dá para sentir aquela raivinha do coração em certos pontos). O que é interessante, e chocante ao mesmo tempo, é o fato de que o autor foi super condecorado pelo trabalho que fazia nas salas de aula. Acontece que, como ele mesmo diz, com o passar do tempo, ele foi se tornando critico do próprio trabalho e do ambiente. Foi percebendo que estava meio que tapando o sol com a peneira. 

A quase raiva que ele expressa durante o livro se traduz em afirmações categóricas bem polêmicas contra o sistema. Fico até impressionada em como esse discurso mais critico dele ganhou tanta atenção (acredito que no Brasil as coisas seriam BEM diferentes). Deixo aqui algumas destas partes:

"Crianças bem-sucedidas pensam aquilo que lhes mando pensar com mínima resistência e uma demonstração adequada de entusiasmo. Dos milhões de coisas importantes a se estudar, eu escolho as poucas para as quais temos tempo. Na verdade, isso é decidido pelos meus empregadores anônimos. Essas escolhas são deles — por que eu me oporia? A curiosidade não é importante no meu trabalho, apenas a conformidade."

"As escolas ensinam exatamente o que se pretende que ensinem, e fazem isso muito bem: como ser um bom egípcio e permanecer no seu lugar da pirâmide."

"A escola é uma sentença de prisão de doze anos em que maus hábitos são o único currículo verdadeiramente aprendido. Eu ensino escola e sou premiado por isso. Eu sei como funciona."

Não acredito que estas falas tenham a intenção de chocar o leitor ou o ouvinte porque o que ele narra ou defende, de fato, acontece. Basta passar alguns dias em uma escola, seja pública ou privada, para ver que estas acusações se confirmam. Alias, vou até citar minha experiência de leitura aqui: eu li este livro durante o meu estágio obrigatório, como comentei no início, e foi engraçado já que, às vezes, ao levantar a cabeça eu enxergava a materialização daquelas acusações bem na minha frente. Salas de aula são lugar de confusão, desordem e indiferentismo. Ah, e como o autor diz: os alunos são a-históricos, pois em uma escola os alunos vivem num constante presente. Não existe hierarquia entre os horários e os assuntos, tudo é sempre a mesma coisa.

De maneira geral, ler o livro foi bom. Em alguns momentos confesso que fiz careta ao ler algumas ideias do autor, mas tirando isso, recomendo para aqueles que gostariam de entender de forma superficial a dimensão da crise educacional que, aliás, é só mais uma das facetas da crise civilizacional em que nos encontramos. Mesmo sendo escrito na década de 80 e nos Estados Unidos, o livro permanece atual e próximo à realidade brasileira já que o espírito liberal e massificado da educação paira sobre as duas circunstâncias.

A ideia central do livro poderia se resumir em dizer que, para o autor, as escolas não educam, mas escolarizam.