quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Retrospectiva sobre hábitos de leitura deste ano

Uma semana para o Natal! Tchau, 2024.

Decidi escrever esse texto aqui para o blog porque estava conversando com uma amiga justamente sobre esse assunto. Estava comentando com ela sobre como os meus hábitos de leitura mudaram bastante neste ano de 2024. Pela primeira vez, desde 2022, me senti tranquila em relação às leituras que fiz. Atribuo isso ao fato de que passei grande parte do ano meio inativa nas redes sociais (lê-se: Instagram).

Eu cheguei a fazer uma lista de leituras para esse ano, seguindo o modelo dos anos anteriores, e escolhendo livros que eu tinha na estante, mas não havia lido ainda. Acontece que foi a segunda vez que fiz a tal da lista e não deu certo. Acho que deu para entender que não sou das listas. Aliás, já escrevi sobre isso em um texto de uns meses atrás.

A tal da lista de leituras de 2024 :P 
Ou seja, primeira lição do ano: não teremos mais listas de leitura por aqui. No máximo a seleção de alguns títulos que quero muito ler, mas apenas isso. Não quero impor leituras mensais ou anuais, não dá certo. Prefiro mil vezes ir escolhendo minhas leituras conforme os meses forem se desenrolando até porque não participo de nenhum clube de leitura, portanto, não tenho compromissos com metas. A única meta é: ler menos e melhor.

Então, já listo aqui o primeiro hábito: escolher o que quero ler mesmo sem me ater à listas. Aliás, só um comentário: é super curioso como, mesmo sem calcular ou planejar, minhas leituras sempre conversam entre si. Eu fico muito feliz quando começo a encontrar linhas compartilhadas entre autores diferentes. Possivelmente, isso seria muito menos orgânico se eu tivesse que seguir alguma lista à risca. 

O segundo: ter em mãos alguns títulos que tenho bastante vontade de ler. Isso porque quando finalizo uma leitura tendo a ficar num limbo por uns dias sem saber o que vou ler. Por isso, quero ficar mais de olho na minha tabela de livros que tenho curiosidade em ler. 

Vou adicionando os livros nesta listinha e sempre dou uma olhada
quando estou procurando uma nova leitura.

Outra coisa que fiz esse ano foi usar bastante o meu Kindle. Diria que 60 das minhas leituras este ano foram feitas nele. Falando nisso, eu já deveria ter escrito sobre a minha experiência com o Kindle depois de um ano de uso. Neste ano de 2024 eu o usei bastante: levei para o estágio, sempre o deixei na minha bolsa... 

Ah, eu percebi que tendo a usá-lo mais para literatura mesmo. Não conseguiria ler metade do que leio se não fosse o Kindle já que os livros físicos estão caríssimos. 

Então, deixo como lembrete para mim mesma: continue levando o Kindle para todos os lugares.

O terceiro e último hábito deste ano é bem particular, mas queria registrar aqui porque acredito que possa ser útil para outras pessoas também. Dentro da minha tabela de sugestões eu separei livros curtos, com menos de 200 páginas, para ler entre leituras maiores e mais densas. Quero continuar muito com este hábito porque por conta dele pude ler livros russos maravilhosos. Li todos no Kindle.

No fim das contas, depois desse balanço do ano, consegui desacelerar. Estou um tanto quanto feliz por estar me desapegando de velhos vícios literários (esse termo existe? haha). Sinto que estou amadurecendo enquanto leitora. Tanto em relação aos meus gostos quando mentalidade mesmo. A vontade de ler um livro de cabo a rabo só para contabilizá-lo como leitura no fim do ano tem sumido aos poucos já que tenho aprendido a consultar livros e isso tem feito com que eu leia muito de forma picada, ou seja, tenho lido algumas páginas ali, outras aqui e é isso. Não tem problema em voltar uma leitura "incompleta" para a estante. As pessoas SEMPRE fizeram isso, é normal haha. Não tenho que me sentir culpada por ter usado o livro porque afinal, livros são ferramentas, são meios. Eu não quero vê-los como um fim em si ou sei lá, achar que o número de leituras que fiz ou deixei de faz significa algo... no fim, não importa. O que importa é o que consegui extrair dali, o que consegui conectar com o todo. 

Por fim, parece que todas as nossas leituras e estudos devem formar um grande e único volume nas nossas almas onde tudo se interliga (imagine um super livro cujo título seria algo como: your name's mind, ex.: Camila's mind :P). 

O conhecimento nos conduz à Verdade, afinal de contas, e a Verdade é Una.

3 comentários:

  1. Olá, Camila! Amei a sua retrospectiva. Eu também percebo que minha relação com os livros está amadurecendo aos poucos. Apesar de não ter lido tantas coisas nesse ano, as leituras que fiz foram muito certeiras porque me renderam bons pontos de reflexão para um ano inteirinho hahaha

    Te desejo um feliz e abençoado Natal. Que o Menino Jesus encontre em seu coração um lugar onde repousar.

    Abraço!

    https://petalasdemaioblog.wordpress.com/

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    1. Oi, Gabriela! E, no fim, é isso que importa, né? Conseguir extrair pontos para podermos refletir. Aliás, é algo bem custoso de se fazer com tantas distrações que temos atualmente, mas vale a pena <3

      Amém! Que Nosso Senhor também possa encontrar um lugar tranquilo no seu coração e da sua família. Fico feliz que tenha estado por aqui.

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  2. Houve uma época que eu lia de tudo, de todos os gêneros possíveis, eu quase não parava quieta com um monte de livros que eu pegava emprestado na bilbioteca da minha escola. Hoje? Infelizmente, não é qualquer livro que consegue me prender e não é qualquer livro que me faça ter atenção suficiente (ansiedade também não ajuda).

    Assim como todos os leitores, nós acabamos por criar certos tipos de "preconceitos" durante nossa jornada como leitor. E eu aprendi a me desfazer deles justamente porque me prendia em uma meta, e no fim, acabava não entendendo nada do que eu tinha lido. Apenas que eu tinha "batido a meta". Isso sem falar que meu preconceito em fazer marcações era tão grande que eu nem sequer anotava as passagens que mais me tocavam, e hoje em dia sequer consigo lembrar delas nos livros que eu li - o que é uma pena, a única coisa que sei é que foram passagens que me marcaram, só não sei dizer o que eram :(
    Outro preconceito que também deixei ir foi o de ler em ebook. Afinal, tenho que reconhecer que não tenho muito capital, e preciso economizar, então eu sou perfeitamente feliz em me contentar com conteúdos digitais (sofro porque não tenho um kindle :(((, mas fico felizinha com meu app que disponibiliza tela escura, marcadores etc. Sou feliz assim kkkk.

    Devido a grandes problemas e traumas que passei, me peguei, do nada, lendo dois livros de 400 a 600 páginas e li em cinco dias - ambos. O que eu não consegui ler em um ano inteiro, eu consegui em apenas cinco dias num final de ano, passando por uma recuperação de trauma após ter terminado meu primeiro período da faculdade e ter retornado para minha terra natal. A vida tende a ter dessas.

    E também, parei de ter preconceitos com livros mais "bobos". Às vezes, queremos tanto pagar de intelectual, de que sabemos das coisas, que não aproveitamos a coisas mais bobinhas da vida. E eu perdi muito isso. Portanto, lendo esse post, me trouxe um certo tipo de conforto, porque eu também cansei dessa coisa de ter uma "meta" para leitura do próximo ano. E apenas, irei deixar que assim seja. Não cobrar muito para algo que deveria ser um momento tranquilo, de aprendizagem (não somente de livros mais robustos como da faculdade etc., mas até de livros que pegamos apenas para sairmos um pouco da nossa realidade, e até mesmo aqueles que lemos apenas para aumentar nossos repertórios etc).

    Enfim, um ótimo post Camila. Tava com saudades de passar por aqui, mas a vida aconteceu e passei por muitas coisas que não achei que passaria. Mas dar um tempo para minha cabeça com os blogs de novo me deu um pouco mais de controle da minha vida.

    E apesar de morrer de vergonha de fazer isso ksksks eu vou deixar aqui meu blog, porque uma vez você tinha perguntado. Se tiver curiosidade de ir ver estará aqui. Não é muita coisa, mas é um cantinho humilde.

    https://nicolledulce.wordpress.com/

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